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Antropologia de Imagens (Introdução) @ Alexandra Gonçalves

| Apresentação |


A presente investigação - Antropologia de Imagens - tomou como ponto de partida a interpretação visual esonora da Partitura - “ Deux Airs”, (parte do 2º Andamento) para flauta solo, de Fernando Lopes-Graca.  Pretende-se aqui uma instigação dirigida às verdades, numa inquietação cíclica de novas experiencias auditivas e visuais, “através do processo de re-apresentação, o artista constrói osignificado e se toma o autor do seu próprio conhecimento” (Burton, 2011)

O sistema de imagens desenhou-se primeiramente, pela transfiguração da escrita musical em pontos(cada ponto correspondendo a cada nota musical) para depois, esses mesmos pontos suportarem uma linha. Posteriormente, o ensaio caracteriza-se pela identificacao de movimentos/padroes:linhas ascendentes, descendentes, em “zig zag” e horizontais. Esta organizacao seviu para novos experimentos e encadeamentos - pela premissa de encontrar ligacoes/relações mais harmoniosas no seu aspeto visual. Esta intencao materializou-se numa linha sem quebras, onde reuniu novamente todas as linhas-padrao encontradas até então. Desta forma, foram diluídasas quebras acentuadas, resultantes dos intervalos dos compassos na obra original e simultâneamente, encontrada uma nova sonoridade. Numa última instigação, a partitura original e intersetada com a recente produção - aqui, os elementos visuais e as sonoridades sao colocadas em conflito edesafiadas a uma coabitacao comum.


“(...) o proprio artista e, afinal uma roda daengrenagem do corpo social, ainda que não aspira senao à categoria de rouxinol ou de lunatico. Averdade todavia, éque a dura realidade contemporanea mata impiedosamente os rouxinois e oslunaticos. E há, portanto, que tomar partido: ou ser rouxinol morto ou homem vivo.” (Lopes-Graça,anos 30)

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