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ZUNGAMOB

ART INSTALATION
FUBA, STREET SELLERS CARDBOARD FURNITURE

DESIGN + VIDEO + PHOTOGRAPHY + PAINT/METAL/CARDBOARD

Luanda está repleta de materiais obsoletos e restos, bocados abandonados.

Para alguns estamos a falar de lixo, para outros oportuna “matéria-prima” por reinventar.
Surge aqui a preocupação de olhar para a rua, a nossa rua. A rua dos zungueiros, dos guardas, do sapateiro, do engraxador, do arrumador de carro, do rabuteiro e das personagens que dela fazem vida, e vida lhe dão.

As ruas daqui mudam, e mudam rápido. Mudam com o sentido do transito, mudam com as esquinas dos churrasco e as janelas abertas, mudam com as horas, com a fome, com os bizznos, com as sextas-feiras e as farras. Esta mudança é fruto da agilidade e da criatividade dos seus habitués.

A ZUNGA é o método mais abrangente de venda de produtos diversos do nosso País.
É feito na rua, utilizando suportes de diferentes materiais reciclados e dimensões com especificidades únicas. É um forte motor da nossa economia doméstica.
Sabemos que no alvalade encontramos trelas de cão e tapetes coloridos; que no aeroporto temos triciclos dos mais variados e que nas bombas de gasolina estão os CD’s e as mixtapes mais badaladas de sempre. São compras interactivas que envolvem preços tabelados de um mercado informal. São um interessante exercício de comércio e desafio de interacção humana, maioritáriamente feita através da janela de um automóvel.

O objectivo não é abordar o ponto de vista do consumidor, mas sim o esforço fisico e a logística do vendedor. As horas de pé, o peso nos braços, a as horas no trânsito a respirar monóxido de carbono e poeira com 35o. É abordar a necessidade de reinventar este showroom de rua e criar uma linha de mobiliário urbano desenvolvido especificamente para o ZUNGUEIRO. Tem de ser leve, reciclável, funcional, fácil de montar e de transportar, gratis, e porque não apelativo, ou até um novo suporte de comunicação. Com estes insights surge o ZUNGAMOB.

O que seria dos kaluandas sem um saldo a meio de uma conversa na rua, uma coca-cola gelada
no trânsito da samba, um “tira-poeira” rápido dos sapatos antes de uma reunião, um picolé de múcua na marginal ou aquela mona lisa na parede lá de casa.

CLIPPING & INTERVIEWS:
http://www.bantumen.com/2015/07/jaango-porque-o-li...

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