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Livro de Artista | Perpetuus Præsens {2016} @ Miguel Bernardino

No âmbito da Unidade Curricular de Cultura da Edição do mestrado em Práticas Tipográficas e Editoriais Contemporâneas, da Faculdade de Belas-artes de Lisboa, o desafio que nos foi proposto desde o seu princípio remetia para a concepção de um Livro de Artista. Um objecto-livro que nos transporta para o mundo íntimo dos pensamentos daquele que o constrói. Sendo uma plataforma que torna visível todo esse procedimento faseado. Primeiramente, para que este possa ser visto como tal, foi-nos mostrado algum trabalho dos artistas contemporâneos que mais têm marcado o panorama da arte. 

Tudo isso foi tomado em linha de conta de modo a que pudéssemos criar novas referências com que nos colocassem mais maduros visualmente, de modo a possibilitar-nos a criação de futuros trabalhos que nos fizessem saber ser capazes de sair da nossa zona de conforto, extrapolando a ideia de livro como livro, abraçando o conceito de que basta ter as ferramentas ideais para a criação de algo concreto, pertinente, inesperado e reflexivo.


Seguindo esta estratégia e raciocínio, o projecto que realizei explora a ideia de arquivo, que tão plenamente se espraia em inúmeras bibliotecas e acervos pelo mundo fora, como forma de perpetuar a memória de um acontecimento ou de uma vontade que se faz visível através da obra, seja ela artística ou não. Como seria de se esperar, são as inquietações pessoais que servem de alavanca para todo o pensamento conceptual. E este insere-se nas questões da perenidade da memória ao ser, por exemplo, inscrita sobre a pedra. Ao fazê-lo, a memória terá que ser pertinente e coerente de modo a que não seja desperdiçado um recurso natural tão precioso, perene e raro.

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Livro de Artista | Perpetuus Præsens {2016}

Explora a ideia de perenidade da memória inscrita na superfície do mármore, cinzelada a partir de uma fonte tipográfica que se concebeu.