Em um mundo baseado na narrativa, nem sempre verdadeira, e na supervalorização da imagem, fazer uma refeição em um restaurante pode torna-se algo desagradável. A busca pelo like, pela aceitação, por ser o “primeiro” a postar, acabou por gerar um novo ritual alimentar onde a produção do conteúdo vem antes da saciação da fome e não é incomum presenciarmos selfies, fotografias e até lives (em stories) onde os comensais buscam uma espécie de autopromoção tendo como base o produto dos restaurantes.
Com base neste cenário desenvolvi, para o Mestrado de Design da Imagem da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, o Guia das Comidas Já Comidas. Uma declaração à comida autêntica, não “gourmetizada”, sem estrelas, likes ou stories. Porque o que se deve fazer quando um belo prato chega à mesa é saboreá-lo com os olhos, extasiar-se com os aromas e finalmente, deleitar-se com os gostos, temperos e texturas, rendendo-se à alquimia posta à sua frente. E depois de toda esta experiência polissensorial, dedicar-se ao registo, preferencialmente apenas em sua memória. São sítios aos quais tive o imenso prazer de conhecer, garfada a garfada, colherada a colherada, trincada a trincada.
Todos merecem respeito. São verdadeiras instituições em como tratar bem o alimento e os clientes de forma acessível. Ao todo foram 17 sítios localizados no Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Esposende.
Confira o guia em https://lnkd.in/dR2zg8rR
Uma declaração à comida autêntica, não “gourmetizada”, sem estrelas, likes ou stories. Porque o que se deve fazer quando um belo prato chega à mesa é saboreá-lo com os olhos, extasiar-se com os aromas e finalmente, deleitar-se com os gostos.
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