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WE ARE ALL BLOOD” (em português: SOMOS TODOS SANGUE) propõe um novo discurso face à categorização dos animais no contexto da arte e biologia/ciência. Deste modo, é proposta uma passagem de uma perspetiva antropocentrista ao biocentrismo, a primeira que coloca o ser humano [h] no centro e o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com [h], e as outras espécies e tudo o resto que existe serve-o (especismo), já na perspetiva biocêntrica, todas as formas da vida são igualmente importantes, e a humanidade não é o centro da existência. 

Assim, há uma alteração nos membros da sociedade, esta que deixa de estar somente associada às pessoas que partilham e interatem entre si, e passa a ser o conjunto de seres que convivem. Outro fator é a socialização da arte, onde é necessária a integração, interação e participação do público, como membro fundamental do trabalho artístico. A doação de sangue, é outro dos aspetos abordados no trabalho, quer relativamente a um alerta às pessoas para doarem, quer à existência de associações que iniciaram a doação de sangue por animais, todavia normalmente apenas de “domésticos” como cães ou gatos, eu pretendo extender o conceito de doação de sangue a todos os seres vivos na medida de nos unirmos através de algo que nos dá a vida: o sangue. 

Resumindo, este trabalho propõe, no campo da arte, a participação e a interação do fruidor artístico em doar o seu próprio sangue como parte integrante e fundamental da obra que promove a socialização. O sangue será armazenado num armário de vidro refrigerado, instalado no mesmo espaço onde as pessoas irão doar o seu sangue, durante a sua exposição que será de caráter temporário, portanto, quando a exposição for encerrada, o sangue será analisado e serão realizados experimentos científicos a fim de descobrir novas criações através do DNA.

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