"Podia começar por “era uma vez”, mas não, a história das D’Avó não é de conto de fadas é daquelas reais! 

Lá em casa da avó sempre houve muito reboliço, muito entra e sai, muita gente, muita alegria e muito amor!

A avó está sempre preocupada se está tudo bem, se a mesa está bem composta, se ninguém quer mais alguma coisa!

A minha avó é a avó de muita gente, não que sejamos muitos na família, eu nem tenho primos, sou só eu e a minha irmã, mas os amigos são muitos e a casa da avó é como que o sítio preferido para passar os fins de semana.

Então a minha avó é avó de mais uns quantos que de repente já são tão família quanto os outros.

Como qualquer avó, para a minha, uma mesa farta é sinonimo de que está tudo bem, todos vão ficar felizes e aconchegado.

Na casa D’Avó, o avô está sempre atarefado - a fazer o que ela pede, claro - há sempre muito que fazer para que tudo esteja bem para receber a família.

Há coisas que cresci a ver iguais naquela casa, o cesto do pão, por exemplo, sempre foi aquele, a tábua do pão é a mesma desde que me lembro, e a do presunto e do queijo, está sempre no mesmo sítio à espera que alguém chegue para compor a mesa.

Tradição nunca faltou naquela casa, uma típica casa alentejana, imaginem só as iguarias que vão para a mesa sempre que lá estamos.

As tábuas D’Avó, fizeram parte da minha infância!

Naquele dia em que me disseram - e porque não tábuas de servir? - lembrei-me logo da das tábuas da minha avó!!! "