A lenda indígena do açaí é uma história tradicional da região Amazônica, no Brasil, especialmente entre os povos indígenas que viviam nas proximidades do Rio Amazonas. Segundo a lenda, houve um tempo em que a tribo estava passando por uma grande crise de alimentos devido ao rápido crescimento da população. O cacique da tribo, preocupado com a escassez de comida, decidiu que a partir daquele momento, todos os bebês recém-nascidos seriam sacrificados para evitar o aumento da população.

Nessa época, nasceu uma menina chamada Iaçã, filha do cacique. Iaçã cresceu e se tornou uma linda jovem, mas viveu triste pela falta de crianças na tribo. Certo dia, Iaçã ouviu um choro de bebê vindo da floresta e foi investigar. Ela encontrou sob uma palmeira um grupo de crianças brincando. Iaçã ficou encantada, mas as crianças desapareceram de repente, deixando apenas os frutos escuros da palmeira no chão.

Iaçã, desolada, ficou junto à palmeira, chorando até adormecer. No dia seguinte, a encontraram morta, com um sorriso no rosto e seus olhos fixos nos frutos da palmeira. O cacique, então, ordenou que os frutos fossem colhidos e, ao esmagá-los, descobriram uma polpa roxa, que, misturada com água, formou uma bebida nutritiva. O cacique batizou essa bebida de "açaí", em homenagem à sua filha (Iaçã ao contrário), e revogou a lei sobre o sacrifício de recém-nascidos.

Essa lenda explica a origem do açaí, um alimento fundamental na dieta dos povos indígenas da Amazônia e que se tornou popular em todo o mundo. Além de ser uma história sobre a descoberta do açaí, ela também reflete temas como o sacrifício, a esperança e a renovação